quinta-feira, setembro 27, 2007

Em tempos...

Cantei num grupo de rapazes, que cantavam 'a cappella' (traduzido, 'ao estilo da igreja'), chamado ShoG. Six Hearts One God, este belo nome que surgiu num dia inspirado, tinha ainda uma tradução mais feliz: Seis Corações Um Deus. "SCUD - o Missil do Amor", este bonito trocadilho da minha autoria, nunca foi usado para um nome de álbum, porque nós preferíamos a denominação em inglês, e também porque nunca gravámos um álbum.

Ora, nós éramos jovens felizes. Um pouco inconscientes da altura especial em que viviamos, e acreditando que íriamos ser assim para sempre. O típico dirão alguns. Mas nós não queriamos saber. Estávamos simplesmente interessados em divertirmo-nos, fazer palhaçadas na rua em frente a fachadas de prédios espelhadas, e a afinar as músicas em Lá. Enquanto íamos cantando e vivendo as aventuras que davam bons episódios de uma série de anime japonesa dos anos 70, aproveitávamos para no caminho usar este nosso 'talento' (diziam que éramos bons) da maneira que Deus nos inspirava para o fazer. Crescemos assim.

E esses tempos acabaram. A vida cria barreiras entre as pessoas. Barreiras de vários estilos e que não podemos controlar. O mundo dos 'adultos' é um mundo complicado e penso que todos nos sentimos agora como o Robin Williams no filme 'Peter Pan'. (não vou fazer piadas com a Sininho nem com o Capitão Gancho, não me apetece)

De muitas coisas me arrependo hoje, mas uma delas, é de nunca termos cantado umas das minhas músicas favoritas dos Acappella (esses sim, um grupo musical a sério) "Act Of God". E deixo-vos aqui o que bem poderia ter sido o resultado duma nossa tentativa.

Sorrio, a pensar que tivemos tantos momentos assim... Rio-me mesmo, porque sei exactamente o que está a passar pela cabeça destes heróis. E tenho tantas saudades...




Algures numa igreja no Turcifal ainda ecoam os sons...
"Deus envi-(BOM BOM-BOM)-ou *snap* (BOM BOM-BOM) Jesuuus seu Fi-(BOM BOM-BOM)-lho..."


quarta-feira, setembro 26, 2007

Come a papa, Paparazzo, come a papa.

Enquanto eu almoçava ontem no Great American Disaster, na praça do Marquês de Pombal, eis que entra um senhor e se junta a um grupo de amigos na mesa à minha frente... Ele tinha uma cara de puto... mas eu sabia que de alguma coisa ele havia de perceber... seria de... carros?! Era ele! O Pedro Lamy! Ou não?... Passei o resto do meu almoço intrigado e a olhar para o homem, tal como faria um homossexual apaixonado (nada de anormal em mim, alguns dirão), e acho que o 'Lamy' ficou convencido que eu devia ser um depravado qualquer (bingo! dirão os mesmos alguns referidos acima).
Pela forma como ele, a uma certa altura, olhava de relance para mim, já aparentemente assustado, achei melhor parar. Mas, pelo pouco da conversa que ouvi entre ele e os amigos, concluí que devia ser mesmo ele. De qualquer forma, fiz mais. Tirei uma fotografia sem que ninguém percebesse,(abafando aquele sonzinho malvado que os telemóveis agora todos fazem ao tirar fotografias), que vou deixar aqui com vocês enquanto espero as vossas contribuições na caixinha dos comentários. E vou esperar sentado. E vou trazer comida. E talvez um saco-cama.
(cliquem nas fotos para conferirem por vocês mesmos)

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terça-feira, setembro 25, 2007

Amaral na MIRA

Este bem podia ser o título do jornal do RECORD de hoje. Podia ser mas não é, porque o Record só fala do mundo dos mafiosos do futebol e deixa o mundo dos verdadeiros gangsters de fora. Os da Política. Eu desde miúdo que abomino políticos. Porquê? Porque são pessoas como quaisquer outras. Exactamente. Não são "special ones". Nunca me consegui rever num partido, nem ideologia. Parece tudo uma cambada de discursos furados e promessas vazias. Falta aos políticos, a capacidade e o carisma para me convencer da sua sinceridade. E a cada dia que passa mais eles me convencem realmente, que o não são. Que são tal e qual o próximo gajo com que eu me cruzo no metro e que me pede trocos. Exemplo é esta vergonha que eu gostava que alguém me explicasse:

Vem-se a saber que a Lusoponte tem exclusividade na construção de qualquer ponte que possa vir a ser feita sobre o rio Tejo. A futura TTT (Terceira Travessia do Tejo) portanto, à partida, já nem tem concorrência possível. Um pequenino Monopólio digno do lendário Transport Tycoon que eu jogava quando era mais novo. A Microsoft não pode pôr o Media Player no Windows, mas em Portugal, há acordos feitos para acabar com QUALQUER concorrência possível na construção de pontes. Viva a Lusoponte! Viva o idiota que, enquanto no governo, fez este acordo anti-constitucional! Já agora, como se chamava este cavalheiro? Mira Amaral? Mas pera lá... não é esse o nome do actual presidente da Lusoponte...EPÁ! Tu queres ver...

Olha, e não é este senhor que anda a defender o aeroporto na margem sul, dizendo que é uma solução que já foi estudada na direcção anterior? Ops, vá-se lá saber...

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sexta-feira, setembro 21, 2007

Não, não tenho nada a dizer

a não ser que ontem deu o Super-Homem na RTP1. Sim, o primeiro super-homem. O clássico. O inigualável. Enquanto ouvia (e trauteava) aquela triunfante música do John Williams, apreciava a fraquilidade dos efeitos especiais que logo durante os iniciais créditos, me deliciavam. Fico tão feliz por saber que o mundo já produziu coisas assim. A sério, quando olho para as porcarias de hoje em dia, fico feliz por saber que tal como a História se repete, coisas assim podem voltar a aparecer. E este blog começa a parecer-se com a TVGuia. Tenho de começar a pôr aqui os resumos das novelas.

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segunda-feira, setembro 17, 2007

[editado] Ontem na TV deu

o "Segredo de Brokeback Mountain". Eu voltei a não ver o filme todo. Admito, sou um bocado homofóbico, e só a cena degradante do gajo andar a pôr cuspo no rabo do outro chega para me fazer mudar de canal. Se querem fazer um filme sobre cóbois homossexuais, ao menos usem cremes... (epá... eles deviam ter pelo menos espuma de barbear à mão, aproveitavam e depilavam-se numa noite romântica). Esperem. Esqueçam isto. A sério, pelo poder do Prof. Sadibou, esqueçam.

E com isto acabo de escrever mais um post idiota e aparvalhado. O que vale é que mais ninguém lê isto.

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quinta-feira, setembro 13, 2007

O homem das palavras-cruzadas e trocadilhos idiotas ataca outra vez....

"Já era tarde. Conseguia sentir-se a tensão no ar, enquanto na sala escura e húmida começava-se a ouvir o barulho da madeira a ranger. Um homem descia por uma escada de caracol que acabava ali. O CHEFE acabara de descer as escadas e encarava a mesa onde um homem nos seus quarenta anos, sentado com os cotovelos na mesa e as mãos na cabeça continuava a ler algo que estava sobre a sua secretária... Nas paredes podia-se ver, mesmo à meia luz, posters de capas antigas de jornal: "Merry Klinsman", "Eu Marco", "Luz ao fundo do Tonel". O fumo do tabaco enchia a sala e a voz do CHEFE rasgava o cheiro a cigarro barato:
- Tens dois minutos. Depois sabes o que te espera.
E ele sabia, ai se sabia... Ainda se lembrava de quando, após a derrota do seu Benfica contra o Braga ele apenas tinha arranjado o fraquinho título "Benfica vai nu"... Chegou a pensar que nunca mais iria voltar da biblioteca nacional, onde foi obrigado a ler dicionários de sinónimos durante horas a fio, apenas a pão e água.
Não, ele não poderia voltar a isso... e com um soco na mesa levanta-se para reagir contra o seu patrão, era muito pouco tempo, ele não tinha tido a calma para arranjar o trocadilho perfeito para a próxima capa do jornal Record e ainda tinha as palavras cruzadas do Correio da Manhã para acabar...
Subitamente tem uma revelação, o seu acto de fúria desabafante tinha-o salvo. E olhando mais uma vez para a mesa onde tinha o nome de Scolari escrito de várias formas, de trás para a frente, da frente para trás, até à exaustão... grita, como se a gritar pela própria vida:
- ACHEI o próximo título CHEFE.

No dia seguinte aos incidentes depois do jogo de futebol entre Portugal e a Sérvia podia ler-se na capa do Record:

"SOCOLARI"

E numa rua movimentada de Lisboa, ao passar pelo quiosque, o homem das palavras-cruzadas e trocadilhos parvos sorri... e segue caminho... desaparecendo entre a multidão..."

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Redacção - As férias do Blog

As férias. Nas férias eu pude ir a sítios bonitos com árvores e praias. Nas férias deu para descansar, mas podia ter sido melhor. Nas férias não passei milagrosamente a ter inspiração para escrever neste blog. Por isso, mesmo depois das férias os posts vão continuar a ser maus. A começar por este. Nas férias o Pavarotti morreu. E o Pavarotti merecia um post à parte desta homossexualidade de redacção, mas como já não estou nas férias, acho que não vai dar. Azar, ao menos já o lembrei neste blog que sempre é mais do que a maioria das pessoas que deixaram passar ao lado o facto deste grande tenor badocha ter morrido. Devia ter posto vírgulas na última frase, espero que a professora compreenda que não pus para dar uma certa dinâmica ao desabafo.

As férias
O fim.

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